Seas aborda importância do leite materno por meio de videoconferência para 36 municípios

Texto: Margarida Galvão/Foto: Kerolyn Leigue

 

“O contato pele a pele (CPP) do recém-nascido com a mãe, ao nascer, faz toda a diferença”. A garantia é da enfermeira Ivone Marques, chefe do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente, que na manhã desta terça-feira (11) participou de uma videoconferência na Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), transmitida para 36 municípios amazonenses, por meio da Estação Conecta PCF (Programa Criança Feliz) do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Com o tema “Agosto Dourado: a amamentação em tempos de pandemia”, a ação contou com a participação de 60 profissionais, entre supervisores e visitadores do Programa Criança Feliz, coordenado pela Seas nos 59 municípios do Estado, onde o PCF foi implantado. Os participantes tiraram dúvidas se as mães que contraíram a Covid-19  podem amamentar e os benefícios do aleitamento.

Ivone Marques abriu a videoconferência destacando que a cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano, líquido considerado essencial para a vida e o desenvolvimento do bebê. A enfermeira destacou como boas práticas para os bebês, ainda na sala de parto, o contato do bebê na pele do peito da mãe; champeamento oportuno do cordão umbilical (corte) e a amamentação.

Quanto às mães em tempos de pandemia, Ivone Marques disse que podem continuar amamentando, mesmo estando com sintomas compatíveis com a síndrome gripal ou infecção respiratória, ou mesmo se confirmada a Covid-19, se for seu desejo e se estiver em condições clínicas adequadas. No entanto, a enfermeira recomendou que utilizem a máscara quando forem amamentar ou realizar algum cuidado com o bebê. “Devem fazer a higienização das mãos com bastante frequência, antes e depois da mamada”, frisou.

Meio ambiente – A Semana Mundial do Aleitamento deste ano tem como foco o planeta, porque o leite materno é um alimento renovável, natural, que não traz custo ambiental. A gerente de ações descentralizadas de segurança alimentar da Seas, nutricionista da Seas, Kaliny Alves, disse que o leite humano é ambientalmente seguro e não gera impactos ambientais como os substitutos do leite materno, que são as fórmulas infantis, em decorrência do processo de industrialização. “Evita a concentração de latas e embalagens plásticas no meio ambiente”, frisou.

Os trabalhos foram mediados pela coordenadora estadual do Programa Criança Feliz, Lilian Gomes, que destacou a importância do tema, lembrando que o programa atende crianças de 0 a 3 anos, oriundos do Bolsa Família; de 0 a 6 anos do Benefício de Prestação Continuada (BPC), gestantes e crianças que estão em medida de proteção, quando são retiradas do lar por conta de maus-tratos. “Os supervisores e visitadores do programa vão receber um vasto material, utilizado na videoconferência, que irá lhes subsidiar na visitas às famílias, principalmente às mães grávidas”, sintetizou.