Histórias de superação e sucesso marcam aniversário do Projeto Mais Vida
Mais de 572,7 mil atendimentos foram realizados pelo projeto Mais Vida, nos dois anos de existência, completados neste mês de maio. Criado pelo Governo do Amazonas para fortalecer o trabalho da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), o projeto atende a população por meio de atividades físicas, esportivas, de lazer e atendimentos fisioterápicos.
Voltado para a Proteção Social Básica, o projeto utiliza os espaços dos seis Centros de Convivência da Família (Cidade Nova, Santo Antônio, Mutirão, Raiz, Alvorada e Japiim) e do Centro de Convivência do Idoso (Aparecida) para fazer chegar esses serviços à população, que mora nessas comunidades e no entorno. O foco do projeto é melhorar a qualidade de vida da comunidade, propiciando saúde e bem-estar.
Nesses dois anos, são inúmeras as histórias de superação e sucesso proporcionadas pelo projeto, principalmente na área de fisioterapia. A coordenadora do Mais Vida no CECF Padre Pedro, Adria Amaral dos Santos, disse ter pacientes que chegaram em cadeira de rodas e em poucos meses saíram andando. Tem casos, também, de pessoas desesperançosas, tomadas pela depressão, ansiedade, que encontraram no projeto qualidade de vida e hoje estão tendo um novo recomeço.
Um acidente de trânsito envolvendo motocicleta e um ônibus, deixou Caubi Seixas de Souza, 24 anos, sem andar. Se valendo de uma cadeira de rodas e a companhia da mãe, há três meses faz fisioterapia no Mais Vida do CECF Padre Pedro. O fisioterapeuta Paulo Souza disse que Caubi sofreu traumatismo craniano na queda, atingiu os movimentos corporais, inclusive a fala. “Com as sessões de fisioterapia, ele começou ganhar equilíbrio, inclusive já está movimentando os braços”, garante.
A mãe que o acompanha nas sessões, três vezes na semana, está confiante de ver o filho caminhar novamente com as próprias pernas. Ela disse que Caubi era sadio, tinha acabado de dar baixa no Exército, concluído o ensino médio, quando ocorreu o acidente. “Como não temos condições financeiras para fazer um tratamento particular, o Projeto está sendo de grande ajuda e fundamental para a reabilitação do meu filho”, admite.
Com sérios problemas na coluna, que a levaram a fazer uma cirurgia, Sandra Amaral, 48 anos, resolveu deixar o sedentarismo de lado e se matriculou no projeto Mais Vida, perdeu peso e, hoje, sente-se uma mulher revigorada. “Há dez meses faço pilates e ritmo, o projeto me deu uma nova forma de viver”, assinala.
Desconforto total
Uma vida marcada com dores intensas no corpo por conta da fibromialgia, dor muscular generalizada e sensibilidade, estão sendo superadas com os exercícios de musculação e pilates. Loídes de Souza Barroso, 57 anos, há um ano faz parte do Mais Vida, no Magdalena Arce Daou, começando a ter uma melhor qualidade de vida. “As dores eram tão insuportáveis que ficava a maior parte do tempo na cama, sob o efeito dos medicamentos”, disse, destacando que o projeto ‘tem sido sua salvação’.
De acordo com a coordenadora do Mais Vida, no Magdalena, Adriana Urtiga, o diferencial do projeto está no fato de cuidar tanto da saúde física, como a saúde mental, que é o caso da paciente com fibromialgia. “Trata-se de uma doença psicossomática, que não está ligada apenas à musculatura e articulação, mas à parte mental e emocional, logo quando a pessoa começa a praticar atividade física, sente de imediato o alívio das dores”, sintetiza.
Envelhecentes e idosos
Jucilene Menezes Batista, 65 anos, tinha sérios problemas de doença, entre as quais, artrose, asma, diabetes e depressão. “Hoje minha glicemia está controlada; vou para todo canto, inclusive ando de ônibus, em trilhas, faço corrida e o meu joelho não dói. Minha vida mudou completamente desde que iniciei as aulas de musculação e pilates com os professores do ‘Mais Vida’. Agradeço o projeto, o empenho dos profissionais; que se perpetue, porque aqui achei qualidade de vida”, afirmou.
O coordenador do projeto no Ceci Aparecida, Mauricio Cruz, disse que, em linhas gerais, o público do Ceci, formado por envelhecentes e idosos, chega, em sua maioria, depressivo e com sérias dificuldades físicas. Por este motivo, é trabalhado o psicológico, o afetivo, o cognitivo e a educação física. “Muitos chegam sem agilidade, baixa flexibilidade, com a motricidade totalmente comprometida, impedindo de participar dos bailes, porém aos poucos vão se recuperando, ganhando qualidade de vida”, frisou.
Programação de aniversário nos centros
No CECF André Araújo, na Raiz, a celebração de aniversário do Mais Vida acontece no doa 17 de maio, com lanche partilhado, atividades, sorteio de brindes, na quadra do centro às 9h.
No Teonízia Lobo, Mutirão, a celebração de aniversário do Mais Vida será no dia 24 de maio, às 8h, com um Aulão de Ritmos, seguido de uma seção de depoimento dos usuários, entrega dos certificados e lanche.
No Ceci, Aparecida, vai ter um baile de aniversário para os participantes do Projeto Mais Vida, no dia 24 de maio, das 13h às 17h.
No Miranda Leão, Alvorada, a celebração do Mais Vida será no dia 28 de maio, às 16h, com um Aulão de Pilates, de ritmos, seguido de homenagens aos alunos que fazem atividade no projeto desde o início, finalizando com um bolo para os parabéns e sorteio de brindes.
O aniversário do Mais Vida no CECF Padre Pedro, Cidade Nova, acontece no dia 29 de maio, das 16h às 20h.
No Magdalena Arce Daou, Santo Antônio, o aniversário vai ser celebrado no dia 29 de maio, com uma programação variada.