Corte Solidário leva serviços de beleza para acolhidos do Abrigo do Coroado, em Manaus

Texto: Ana Luiza Santos
Foto: Kerolyn Leigue/Seas

Beleza e solidariedade. Esse é o objetivo do projeto Corte Solidário, realizado pelo Instituto Mana e que nesta segunda-feira (30/08), chegou ao Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (Saiaf) do Coroado, zona leste de Manaus. Homens, mulheres e crianças acolhidos no abrigo, que é  mantido pelo Governo do Amazonas e gerenciado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), receberam serviços como corte de cabelo e escova, além de design de sobrancelhas e barba.

Essa é a quinta edição da ação em 2021. Até o fim do ano, estão previstas mais cinco edições em instituições voltadas para o atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social. De acordo com o coordenador da ação, Thiago Costa, a iniciativa visa unir solidariedade e embelezamento.

“Todas as voluntárias são venezuelanas que foram atendidas pelo instituto e se ofereceram para participar da ação como forma de apoiar a comunidade. Isso empodera e fortalece vínculos, ainda mais por serem do mesmo país, são pares se auxiliando. Ajuda a rede de proteção local. É um projeto que executamos desde o ano passado e tem sido uma experiência excelente”, explicou.

Pelo menos 50 pessoas foram atendidas ao longo desta segunda-feira, na ação que começou às 10h e terminou às 15h. O coordenador das equipes de voluntários, Roymerk Aleman, definiu a ação como gratificante.

“É extremamente satisfatório e gratificante. Muitas vezes essas pessoas não têm condições de arcar com esses serviços, e fazemos todos eles de forma gratuita, passando um pouco do nosso conhecimento sobre cuidados com o cabelo, por exemplo. Ou seja, é muito mais que um serviço, é uma forma de nos conectar com a nossa comunidade, de melhorarmos inclusive a autoestima de quem está aqui, num país diferente com uma cultura diferente da sua”, afirmou.

Sobre o Abrigo – Conforme o último relatório da Seas, o Abrigo do Coroado tem capacidade para atender 70 pessoas e está operando com sua capacidade máxima, todos venezuelanos não indígenas. Deste total, 30 são grupos familiares e quatro são acolhidos de forma individual.

Os acolhidos recebem alimentação (café, almoço, janta e lanche), moradia provisória pelo prazo máximo de seis meses, além de acompanhamento nutricional, pedagógico e psicossocial.