Seas realiza palestra sobre dependência química na cozinha popular do Alfredo Nascimento
A Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), por intermédio da Gerência de Ações Descentralizada de Segurança Alimentar e Nutricional (Gadsan), realizou na manhã desta segunda-feira (26/02) uma palestra sobre alcoolismo e seus malefícios para um público formado por mais de 30 pessoas que utilizam a cozinha popular do Prato Cheio, localizada no bairro Alfredo Nascimento, zona norte. A Programação foi em alusão ao Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado no dia 20 de fevereiro.
A palestra foi dirigida pela assistente social Erica Pinheiro Rodrigues, do Programa Prato Cheio, e contou com a participação de Glaucio Serrão da Silva, coordenador do Grupo Esperança Viva (GEV), grupo de autoajuda ligado à Fazenda Esperança, além Romilson Moraes Jr. voluntario da comunidade terapêutica.
As pessoas presentes foram informadas sobre os malefícios causados pelo consumo excessivo de álcool e drogas que afeta vários aspectos da vida do indivíduo e daqueles a seu redor. Foi destacado também que a dependência química gera problemas graves, como acidentes, violência, queda no desempenho escolar e no trabalho, além de transtornos mentais e conflitos familiares.
No decorrer da palestra foi apresentado o trabalho realizado pelo Grupo Esperança Vivia, da Igreja Católica, que se reúne de segunda a sábado para atender pessoas que se encontram na condição de dependentes químicos, bem como familiares, para dar orientações e realizar encaminhamentos para a Fazenda Esperança.
De acordo com a palestrante Erica Pinheiro Rodrigues, o objetivo principal era mostrar aos usuários de entorpecentes as perdas que estão tendo com o uso excessivo do álcool e das drogas, levando-os a deixar de estudar, trabalhar e de conviver com a família. “Ao mesmo tempo, apontamos alternativas e soluções para que saíam dessa situação em que se encontram e galguem novos caminhos”, frisou.
Domínio próprio
O ex-dependente químico, R.M Jr., 50 anos, dos quais 35 viveu sob efeitos de drogas e bebidas, lamenta as perdas que teve por conta da dependência química, entre as quais, de não ter concluído os estudos, parou no fundamental; perdas de empregos, entre outras, porque não consegui se libertar do vício. “Há sete anos, após muita luta, me libertei, voltei a ter uma vida normal, inclusive já fiz alguns cursos de qualificação, entre os quais Auxiliar de Logística, Atendimento ao Cliente e de Treinamento Básico Operacional (TBO)”, disse.
Mantidas pelo Governo do Amazonas, sob o comando da Seas, as cozinhas populares do Prato Cheio, oferecem sopa gratuita e pão aos usuários, de segunda a sábado, das 11h às 13h. Cada pessoa atendida tem direito a 1 litro do alimento, de sabores variados.