Comunidade do Mutirão festeja aniversário do Mais Vida no Teonizia Lobo

Texto: Margarida Galvão/ Foto: Jimmy Christian

A Comunidade do Mutirão, contemplada com as ações projeto Mais Vida, que funciona no Centro Estadual de Convivência da Família Teonizia Lobo, teve uma manhã de festa em comemoração ao primeiro aniversário do projeto. As atividades iniciaram com um aulão de ritmos, seguido da apresentação do grupo de dança Carimbó, apresentação de skate, café compartilhado, sorteio de brindes e música ao vivo.

No decorrer da programação, os alunos de skate aproveitaram para fazer umas ‘manobras’ de um pouco do que têm aprendido nas aulas do professor de Educação Física e skatista, Ney Metal. Ele conta que iniciou fazendo um trabalho de ‘formiguinha’ e hoje conta com uma equipe formada por 40 alunos, entre meninos e meninas da comunidade, na faixa de 6 aos 20 anos, com aulas de segunda a sexta-feira, das 8h às 10h.

Além de trabalhar a questão da socialização, o professor trabalha no âmbito educacional, aplicando os fundamentos do skate, ajudando os jovens a desenvolverem suas habilidades motoras, além de atender crianças com problemas de ordem neurológica, paralisia cerebral, autismo de diversos graus.

“O projeto Mais Vida proporcionou melhor qualidade de vida para a comunidade, os jovens estão evoluindo suas habilidades motoras, além de mostrarem sua capacidade na arte do skate”, disse Ney Metal, ressaltando que o projeto vem dando frutos, com alunos participando de competição, num nível de evolução bem alto.

Na parte da fisioterapia, os resultados são significativos. Marcos da Silva Neves, 36 anos, está tendo evolução em seu tratamento feito com o fisioterapeuta do Mais Vida, Higson Herculano, no CECF Teonízia Lobo. Uma queda de um prédio de cinco andares, onde fazia uma estrutura metálica, deixou Marcos Neves impossibilitado de andar, ficando em cadeira de rodas. Além do traumatismo craniano, ficou com problema na medula. “Com oito sessões de fisioterapia ele começa a dar os primeiros passos com andador, o que é um avanço”, comemora.

Ao iniciar o projeto, Higson Herculano atendeu um idoso de 75 anos com esclerose múltipla, que há 20 anos não nadava, “Fizemos um trabalho domiciliar com 22 sessões de fisioterapia e hoje o senhor José Frank voltou a andar, o que é gratificante para nós, através do Mais Vida, ajudar as pessoas da comunidade”, disse, informando que os atendimentos no Centro funcionam às terças, quintas e sextas-feiras. O domiciliar às segundas e quartas-feiras.

 

Qualidade de vida

A coordenadora dos Centros de Convivência e do Mais Vida, Rita Abecassis, enalteceu o trabalho realizado pelos profissionais que atuam no projeto e a boa receptividade dos diretores dos centros, o que resultou num somatório de ações positivas para as comunidades onde os CECFs estão inseridos. “O projeto tem trazido mais vida aos centros de convivência, que estão oferecendo serviço de qualidade especializado nem fisioterapia, no psicossocial e isso se traduz numa melhor qualidade de vida para a população”, disse.

O Mais Vida foi criado pelo Governo do Amazonas para fortalecer o trabalho desenvolvido pela Seas, nos sete Centros Estaduais de Convivência da Família e do Idoso (Ceci). Neste primeiro ano o projeto  Mais Vida completa um ano de existência com mais de 180 mil atendimentos nas áreas de psicossocial, fisioterapia, além de atividades esportivas e culturais.