Mulheres frequentadoras do CECF Magdalena Arce Daou são contempladas com palestra sobre violência doméstica
Dando continuidade às ações do mês de maio dedicado às mulheres, o Centro Estadual de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, administrado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), realizou na manhã desta segunda-feira (13/03) a palestra “Violência doméstica e intrafamiliar”, às frequentadoras do CECF, Avenida Brasil, Santo Antonio, zona oeste de Manaus.
A palestrante, assistente social Jusiete Souza, do projeto Nova Rede Mulher, coordenado pela Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres da Sejusc, tratou o tema com um público formado por mais de 50 mulheres, lembrando que a violência doméstica não escolhe idade, cor e nem classe social. “Está em todos os níveis”, lamentou, apontando ainda os três tipos de violência doméstica mais comuns: psicológica, moral e patrimonial.
Segundo Jusiete Souza, qualquer ação que cause algum tipo de dano na mente de uma mulher, como lançar palavras ofensivas, bem como, dar empurrão, atirar objetos, chutar, cortar, ferir, manter relação sexual sem consentimento, é violência doméstica. “O esposo, o companheiro, que bate na mulher machuca a família inteira”, assegurou, ressaltando que tais ações se reproduzem, levando os filhos a agirem da mesma forma com suas namoradas, esposa etc.
Maria da Penha
As mulheres também foram informadas sobre a Lei Maria da Penha, 11.340/2006, criada em homenagem à biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que após ter sofrido duas tentativas de homicídio, por parte do seu marido, utiliza cadeira de rodas para se locomover. Ela lutou contra a violência doméstica por mais de 20 anos, mas conseguiu ver o agressor preso.
As participantes da palestra agradeceram o empenho da Seas pela realização do evento. Marli Barbosa, 57, casada, é frequentadora do CECF Magdalena Arce Daou há mais de dois anos, onde faz pilates e hidroginástica. “Nunca me permiti viver essa situação, um ato repugnável para uma mulher”, disse.
Para Djanira Rodrigues Ribeiro, 48, as mulheres que vivem algum tipo de situação desse nível precisam tomar posição e não se permitir viver dessa forma, para evitar uma possível tragédia. A dona de casa faz pilates e dança no Magdalena.