Equipes da área social que trabalham na Arena Amadeu Teixeira são orientadas pela FVS
As equipes da área de assistência social do Governo do Amazonas, formada pelas secretarias de Assistência Social (Seas) e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc) e pelo Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS), além de trabalhadores das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que estão atendendo a população de rua na Arena Amadeu Teixeira, foram orientadas por técnicas da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) sobre os cuidados que devem ter durante o trabalho no local. No espaço, o Governo do Estado está realizando atendimento em apoio a pessoas em situação de rua, durante a pandemia do coronavírus.
A secretária titular da Seas, Márcia Sahdo, assinalou que a parceria com a FVS faz parte de um planejamento que reflete a preocupação do governador Wilson Lima com a saúde dos trabalhadores da área da assistência social.
“Estamos seguindo um planejamento que, além de contemplar a atenção e os cuidados para com a população em situação de rua, também abrange a saúde dos nossos trabalhadores. A proposta é que os profissionais de saúde possam orientá-los sobre o uso adequado dos equipamentos, como eles devem agir se sentirem algum sintoma de doenças e outras ações para que possam se sentir seguros na realização de suas atividades neste local”, acentuou.
A enfermeira da FVS-AM, Tarciana Cipriano, reforçou aos participantes que é necessário ter consciência de que a Covid-19, assim como outras doenças de transmissão respiratória, requer um cuidado básico: a lavagem das mãos de forma frequente.
“A gente precisa ter em mente que a lavagem das mãos é primordial para prevenir o contágio pelo coronavírus. Mas, na impossibilidade de realizar esta ação, o uso do álcool em gel a 70% a substitui. Sem esquecer ainda o cuidado de cobrir boca e nariz com o cotovelo ao tossir e espirrar para não contaminar outras pessoas”, assinalou.
Outra observação feita pela profissional de saúde foi quanto à limpeza das áreas de uso comum, como refeitórios, banheiros e outros locais de grande trânsito de pessoas, e de superfícies de maçanetas, mesas, cadeiras e bancadas, que devem ser reforçadas. “Essa limpeza pode ser feita com água e sabão ou com álcool líquido a 70% sempre num mesmo sentido”, frisou.
Máscaras – Outro ponto importante destacado foi quanto ao uso das máscaras pelos trabalhadores. A enfermeira demonstrou que, ao colocar a máscara deve-se pegar este utensílio pelas alças e ajustá-lo no nariz e evitar tocá-lo com as mãos, que podem transmitir vírus e bactérias para o nariz e a boca.
Outra preocupação destacada pela equipe da FVS está relacionada aos casos de tuberculose, doença de manifestação comum em pessoas em situação de rua. Por isso, é necessário evitar aglomerações.
“A população de rua é a mais vulnerável para tuberculose. Essas pessoas têm 56 vezes mais risco de adoecer de tuberculose do que a população em geral. Por conta disso, é muito importante observar aqueles que apresentam tosse, independentemente do tempo e encaminhá-los para diagnóstico e tratamento gratuito pelo SUS”, explicou Marlúcia Garrido, que faz parte do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da FVS.
FOTOS: Miguel Almeida