Equipes da área social que trabalham na Arena Amadeu Teixeira são orientadas pela FVS

Texto: Tânia Brandão/Fotos: Miguel Almeida

As equipes da área de assistência social do Governo do Amazonas, formada pelas secretarias de Assistência Social (Seas) e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc) e pelo Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS),  além de trabalhadores das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que estão atendendo a população de rua na Arena Amadeu Teixeira, foram orientadas por técnicas da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) sobre os cuidados que devem ter durante o trabalho no local. No espaço, o Governo do Estado está realizando atendimento em apoio a pessoas em situação de rua, durante a pandemia do coronavírus.



A secretária titular da Seas, Márcia Sahdo, assinalou que a parceria com a FVS faz parte de um planejamento que reflete a preocupação do governador Wilson Lima com a saúde dos trabalhadores da área da assistência social.

“Estamos seguindo um planejamento que, além de contemplar a atenção e os cuidados para com a população em situação de rua, também abrange a saúde dos nossos trabalhadores. A proposta é que os profissionais de saúde possam orientá-los sobre o uso adequado dos equipamentos, como eles devem agir se sentirem algum sintoma de doenças e outras ações para que possam se sentir seguros na realização de suas atividades neste local”, acentuou.

A enfermeira da FVS-AM, Tarciana Cipriano, reforçou aos participantes que é necessário ter consciência de que a Covid-19, assim como outras doenças de transmissão respiratória, requer um cuidado básico: a lavagem das mãos de forma frequente.

“A gente precisa ter em mente que a lavagem das mãos é primordial para prevenir o contágio pelo coronavírus. Mas, na impossibilidade de realizar esta ação, o uso do álcool em gel a 70% a substitui. Sem esquecer ainda o cuidado de cobrir boca e nariz com o cotovelo ao tossir e espirrar para não contaminar outras pessoas”, assinalou.

Outra observação feita pela profissional de saúde foi quanto à limpeza das áreas de uso comum, como refeitórios, banheiros e outros locais de grande trânsito de pessoas, e de superfícies de maçanetas, mesas, cadeiras e bancadas, que devem ser reforçadas. “Essa limpeza pode ser feita com água e sabão ou com álcool líquido a 70% sempre num mesmo sentido”, frisou.


Máscaras – Outro ponto importante destacado foi quanto ao uso das máscaras pelos trabalhadores. A enfermeira demonstrou que, ao colocar a máscara deve-se pegar este utensílio pelas alças e ajustá-lo no nariz e evitar tocá-lo com as mãos, que podem transmitir vírus e bactérias para o nariz e a boca.

Outra preocupação destacada pela equipe da FVS está relacionada aos casos de tuberculose, doença de manifestação comum em pessoas em situação de rua. Por isso, é necessário evitar aglomerações.

“A população de rua é a mais vulnerável para tuberculose. Essas pessoas têm 56 vezes mais risco de adoecer de tuberculose do que a população em geral. Por conta disso, é muito importante observar aqueles que apresentam tosse, independentemente do tempo e encaminhá-los para diagnóstico e tratamento gratuito pelo SUS”, explicou Marlúcia Garrido, que faz parte do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da FVS.

FOTOS: Miguel Almeida