A mulher no mercado de trabalho é tema de palestra na Seas

 

Com o tema “A Mulher no Mercado de Trabalho: cenário atual”, a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), homenageou as servidoras no auditório da instituição em duas palestras nesta sexta-feira (15).  

Na abertura da programação feita pela titular Márcia de Souza Sahdo, pela Secretária Executiva, Branca Pinheiro e pela Secretaria Executiva Adjunta, Fernanda Ramos Pereira, a necessidade de refletir sobre o papel da mulher na atualidade foi reforçado.

“Precisamos nos olhar com mais cuidado porque desempenhamos muitos papéis e cuidamos de muitas pessoas e às vezes não nos percebemos. Por isso pensamos numa programação reflexiva: para possibilitar uma análise mais profunda sobre nossa condição hoje”, pontuou a secretária titular, Márcia de Souza Sahdo.

Para Secretária Executiva, Branca Pinheiro, o momento foi de refletir, mas também de expressar o orgulho por fazer parte de uma secretaria formada por mulheres, que desempenham com muita competência suas funções. “Estou muito orgulhosa de vocês por toda essa dedicação e esta é uma homenagem justa para mulheres que tanto contribuem com a Seas quanto com a sociedade amazonense.

A necessidade de prosseguir na luta contra a violência doméstica e outras formas de violação contra as mulheres foi enfatizada por Fernanda Ramos Pereira, Secretária Executiva Adjunta. “Mulheres pobres, negras e indígenas são o público da assistência social e é para elas que nós trabalhamos. Por isso essa é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância de continuarmos lutando por condições melhores”.  

Programação

Na programação matutina a historiadora Francy Júnior, da Gerência de Promoção da Igualdade da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), que também é representante do Fórum Permanente de Mulheres, traçou uma linha do tempo para mostrar a condição feminina no mercado de trabalho na atualidade.

 

 

Ela explicou que historicamente o trabalho da mulher não é reconhecido, mas que o processo de mudança deve começar a partir da educação de meninos e meninas.  A divisão das tarefas domésticas pode ser um bom começo já que ainda hoje, meninos costumam não fazer os mesmos trabalhos que as meninas, o que prejudica o seu processo de sensibilização. “Esse processo educacional precisa começar em casa. Devemos mostrar aos meninos que eles devem lavar, cuidar, varrer…Só assim teremos homens mais sensíveis às causas femininas”.

A segunda palestrante foi a professora Lidiany de Lima Cavalcante, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Em sua palestra, ela destacou  sobre os desafios que o sexo feminino enfrenta para conseguir um emprego e se manter nele, tendo em vista os obstáculos impostos pela família, amigos e pelas próprias mulheres que convivem no mesmo espaço.

 

 

Para que haja um processo de mudança na realidade das mulheres no mercado de trabalho no contexto atual, a palestrante alerta, “a gente espera que a sociedade mude, mas não adianta a sociedade mudar se nós (mulheres) não internalizarmos essa mudança. É preciso descontruir os paradigmas que a sociedade canalizou em mim e construir algo interior”.

A servidora Debora Galli, que trabalha no Departamento de Planejamento e Gestão da SUAS (DGSUAS), falou que é muito importante que a Seas celebre a data falando da temática da mulher no mercado de trabalho. “Esse evento é importante por que trouxe de uma maneira bem realista a problemática que a mulher vive no seu dia a dia”.